Marcelo Odebrecht, ex-presidente da
Odebrecht, vai assumir no acordo de delação que negocia com procuradores
da Lava Jato que controlava pessoalmente os recursos legais e ilegais
que irrigaram as campanhas presidenciais de 2010 e 2014, vencidas pela
presidente afastada, Dilma Rousseff, segundo a Folha apurou.
O executivo vai relatar que teve uma
conversa com Dilma no México em 26 de maio de 2015, quando teria
alertado a então presidente que os investigadores da Lava Jato estavam
prestes a descobrir os pagamentos ilícitos que a Odebrecht fez ao
marqueteiro João Santana na Suíça.
De acordo com o executivo, Dilma não deu atenção ao que ele dizia.
A conversa ocorreu 24 dias antes de
Marcelo ser preso pela Polícia Federal —a prisão preventiva de Marcelo
completou um ano no último domingo (19).
O ex-presidente da Odebrecht chegou a
tratar de pagamentos ao PT com representantes do partido, em sua casa no
Morumbi, na zona sul de São Paulo.
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