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quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Processo virou...Delegado opina que deputado não desacatou PRF, mas foi desacatado e constrangido!

Após colher depoimentos dos policiais rodoviários federais, testemunhas e assistir o vídeo, o delegado Helder Cavalhal disse não ter observado crime de abuso de autoridade ou desacato praticado pelo deputado Carlos Augusto Maia, do PT do B, no dia 1 de agosto em Caicó. O deputado confirma que vai acionar a Justiça.
Carlos Augusto Maia estava saindo de uma festa na AABB, ao clarear do dia 1 de agosto, quando foi abordado por uma blitz da Polícia Rodoviária Federal. Na ocasião, os policiais pediram para fazer o exame de bafômetro no motorista.
Na versão dos policiais, o deputado não gostou e saiu reclamando. O deputado teria partido para cima do policial rodoviário federal que estava gravando imagens das abordagens, tendo sido dominado, jogado ao chão e algemado. Após se identificar, tiraram as algemas.
O deputado Carlos Augusto foi conduzido a presença do delegado Helder Cavalhal, que submeteu a exame de corpo delito, tomou o depoimento e em seguida o liberou. Ouviu os depoimentos dos policiais rodoviários federais e colheu o vídeo como prova.
Após ouvir depoimentos de testemunhas, inclusive do motorista do deputado, o delegado concluiu que não aconteceu abuso de autoridade e muito menos desacato ao trabalho dos policiais rodoviários federais, que é muito importante, registre-se, para evitar acidente.
Ainda conforme depoimento assinado pelo delegado Helder Cavalhal, quem cometeu o abuso de autoridade foram os policiais rodoviários federais, que teria praticado uso indevido de algema e constrangido o deputado Carlos Augusto Maia.
O delegado destaca que o deputado sofreu ofensa não só a honra e a reputação do representante do povo, mas também a sua privação momentânea de liberdade, no momento que foi conduzido coercivamente para a Delegacia Regional de Caicó.
O deputado disse que agiu de forma educada, que não gostou dos policiais estarem filmando a ocorrência, o que configura tentativa de se promover com abordagens a pessoas públicas, que vai acionar a Justiça na ocasião adequada.

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