As autoridades ligadas a questão da segurança pública parecem que não estão dando a devida atenção a área e ao clamor da população, que exige medidas urgentes para conter a onda de violência que vem assolando a todos.
Pelo menos é o que deixou
a entender ontem, dia 8 de maio, na Escola Municipal Irmã Arcângela, no
bairro de Igapó, na ocasião em que foi realizada uma audiência pública para debater o problema da falta de segurança naquele bairro, por iniciativa do vereador Marcos Antônio (PSOL).
Igapó hoje sofre com os
constantes registros de homicídios, estupros, assaltos, etc. E a
comunidade quer uma resposta enérgica por parte do poder público.
Mas nenhuma das
autoridades convidadas – entre elas, as pastas municipais da SEMSUR,
SEMDES e a Secretaria Estadual de Segurança – compareceu à reunião.
Marcos do PSOL lamentou a ausência e anunciou que irá realizar uma
outra, desta vez não mais convidando, mas convocando as referidas
autoridades. “Só assim não terão como não comparecerem”, disse.
Apenas marcaram presença o
tenente Santos, representando o 4º Batalhão de Polícia Militar – 4º
BPM; e o comandante João Gilderlan Alves (Guarda Municipal),
representando a SEMDES (Secretaria Municipal de Segurança Pública e
Defesa Social).
Após ouvir relatos dos
moradores durante a audiência pública, o parlamentar do PSOL relatou que
as denúncias de crimes são várias, mas as ações por parte do poder
público são tímidas. Não se vê, por exemplo, o aumento de viaturas.
Segundo informações, antes existiam cerca de vinte viaturas, mas hoje
são apenas quatro para cobrir toda a Zona Norte.
“Então, não há como fazer
um serviço de segurança sério, com umas condições de trabalho dessas.
Agora, a gente tem que cobrar! A população tem que pressionar as
autoridades para que se dê a prioridade necessária que a segurança está
precisando”, falou Marcos do PSOL.
Marcos acrescentou que o
discurso de que não existe orçamento para segurança é falso, pois, em
Natal, para se gastar em embelezamento da cidade, a Prefeitura gastou
mais de R$ 10 milhões no ano passado; em publicidade, outros R$ 16
milhões estão previstos só para este ano. “Nós queríamos cortar e deixar
no máximo em R$ 3 milhões”, lamentou.
Ele finalizou citando que “o que a gente vê é que o ataque ao problema não é priorizado” pelos gestores públicos.
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