A escalada do desemprego tem produzido
um efeito adverso na distribuição de renda do país. Após anos de queda
contínua, a desigualdade -a distância de renda entre ricos e pobres-
voltou a crescer com força no primeiro trimestre deste ano.
A tendência é objeto de estudo do
professor da USP Rodolfo Hoffmann, especialista em políticas sociais,
que usou dados do IBGE para estudar o impacto da falta de vagas.
Desde o início do segundo mandato da
presidente afastada, Dilma Rousseff, em 2015, a desigualdade entre os
que compõem a força de trabalho (desempregados e ocupados) aumentou
quase 3%. É bastante para um indicador que varia pouco ao longo tempo.
Nesse período, a taxa de desemprego subiu de 7,9% para 10,9%.
O levantamento se baseia em informações
da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), cuja
série começou em 2012. E capta apenas os movimentos da renda proveniente
do mercado de trabalho.
Deixa de lado, portanto, recursos que venham de aposentadoria, pensões e aluguéis, por exemplo.
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