Entidade afirmou que só haverá eficácia no combate ao Aedes aegypti se os países da América Latina oferecem um serviço de saneamento de qualidade
Por Aline Leal - Agência Brasil
A Organização das Nações Unidas (ONU)
alertou que, para combater o vírus Zika, é necessário que os países
melhorem o saneamento básico. A entidade disse que 100 milhões de
pessoas vivem atualmente sem acesso a sistemas adequados de saneamento
na América Latina e 70 milhões não têm água encanada.
O documento destaca que, quando as
pessoas não têm serviços de saneamento, tendem a armazenar água de
maneira insegura, o que favorece a proliferação de mosquitos. Zika,
dengue e chycungunya são doenças transmitidas pelo Aedes aegypti,
mosquito que se reproduz em água parada.
Água e esgotos
“Enquanto o mundo procura soluções de
alta tecnologia para combater o vírus Zika, não devemos esquecer o
péssimo estado do acesso à água e ao esgotamento sanitário para as
populações desfavorecidas”, disse o relator especial das Nações Unidas
para o Direito Humano à Água e ao Saneamento, Léo Heller, em nota
divulgada pela organização.
Em comunicado, três especialistas da ONU
ressaltaram que há um forte vínculo entre sistemas de saneamento
deficientes e o surto atual do vírus Zika, bem como outras doenças
causadas pelo Aedes aegypti e que a maneira mais efetiva de enfrentar o
problema é melhorar os serviços [de saneamento].
A organização ressalta que, na região
latino-americana, são os mais pobres e marginalizados que sofrem de
maneira desproporcional pela carga das doenças transmitidas por
mosquitos, já que é esta a população que não tem acesso à água encanada e
a esgotos.
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