O vídeo de um aluno de 7 anos quebrando e
derrubando objetos em uma escola foi amplamente compartilhado e dividiu
opiniões nas redes sociais na última semana. Nas imagens, ele joga
objetos no chão e lança livros nos professores, que nada fazem para
contê-lo. O caso aconteceu no Ensino Fundamental da Escola Municipal
Paulo Freire, em Macaé (RJ).
Na gravação, enquanto o menino age no
espaço, os educadores fazem críticas implícitas ao sistema público de
educação. “Quero saber com a assistência social, com a polícia, com os
bombeiros: o que a gente faz com uma criança dessa”. Uma outra
profissional tenta se aproximar, segurando o braço do menino, que
continua jogando objetos. Ela, então, fala em direção a ele. “Não mete a
mão em mim, tô te avisando!”, completa.
Após a gravação parar na web, a
Secretaria Municipal de Educação solicitou junto à Procuradoria Geral do
Município, a abertura de um inquérito administrativo para apuração dos
fatos sobre a exibição do vídeo. Além disso, a direção geral da escola
foi afastada até a apuração dos fatos.
Consultada pelo Varela Notícias,
a psicóloga infantil baiana Priscila Pacheco acredita que o melhor a se
fazer em casos como esse é tentar conter a criança e chamar os pais.
“No momento da agressão, é preciso tentar segurar a criança de alguma
forma e afastar os objetos que podem machucá-la até a chegada dos pais. O
educador também pode chamar outro profissional para que se sinta mais
confortável durante essa atuação”, explica.
“Muitos professores se sentem
desprotegidos e ficam receosos na hora de agir. Por isso, também é
importante reforçar a parceria entre pais e escola e fazer um trabalho
de prevenção em sala de aula para que casos como esse não aconteçam. […]
É importante resgatarmos valores. Nos dias de hoje, a escola, muitas
vezes, fica responsável pela educação básica da criança, ensinando
valores que deveriam ser aprendidos em casa”, completa Priscila.
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