Agredido no dia 5 de junho, preso chegou a ficar uma semana internado.
Direção abriu sindicância e teve acesso a vídeo no domingo (28).
A direção da Penitenciária Desembargador Francisco Pereira da Nóbrega, o
Pereirão, está analisando um vídeo que foi gravado por presos da
unidade na tentativa de identificar os responsáveis por torturar um
detento rival, fato ocorrido no dia 5 de junho dentro de um dos
pavilhões da unidade. O presídio fica em Caicó, na região Seridó do Rio
Grande do Norte.
As imagens chegaram ao diretor da penitenciária, Alex Alexandre, no
domingo (28). O detento agredido teve o braço quebrado e sofreu
ferimentos graves nas pernas. Os presos envolvidos na violência podem
responder por tortura e até tentativa de homicídio.
De acordo com o diretor da unidade prisional, o detento Juliano Carlos de Medeiros foi imobilizado e amordaçado. Ele teve as pernas agarradas por vários presos enquanto era golpeado com um bastão de ferro. O preso também é ameaçado com uma serra, que não chega a ser utilizada.
De acordo com o diretor da unidade prisional, o detento Juliano Carlos de Medeiros foi imobilizado e amordaçado. Ele teve as pernas agarradas por vários presos enquanto era golpeado com um bastão de ferro. O preso também é ameaçado com uma serra, que não chega a ser utilizada.
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Danificado pelos detentos durante a onda de rebeliões que aconteceu em março no sistema penitenciário potiguar, o Pavilhão E do Pereirão está sem celas,
o que dificultou o acesso dos agentes penitenciários ao local. O
diretor conta que foi necessário invadir o pavilhão para conseguir
soltar o preso.
"Só não morreu porque chegamos rápido. Os presos não queriam retirá-lo. O
rapaz ficou internado uma semana, fez uma cirurgia no braço e vai
precisar fazer outra agora. Recebi a filmagem no domingo. Antes disso,
fizemos duas revistas e não localizamos os instrumentos utilizados nem o
celular usado para gravar a cena", relata Alex Alexandre. Aberta na
época do crime, uma sindicância está em andamento para identificar os
responsáveis pelas agressões. "Com o vídeo em mãos, já estamos
trabalhando para identificar quem aparece nas imagens", conta.
O diretor acrescenta que o Pavilhão E é ocupado por detentos que integram uma facção criminosa com atuação no estado. O espaço tem atualmente 70 presos. "Ouvimos o preso agredido, mas ainda não sabemos o que motivou a tortura", encerra.
O diretor acrescenta que o Pavilhão E é ocupado por detentos que integram uma facção criminosa com atuação no estado. O espaço tem atualmente 70 presos. "Ouvimos o preso agredido, mas ainda não sabemos o que motivou a tortura", encerra.
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