A Secretaria do Estado da Saúde Pública
(Sesap) confirmou 18 casos de Zika Vírus no Rio Grande do Norte, sendo
16 deles em Natal e dois em São Gonçalo do Amarante. A secretaria está
monitorando os casos no estado e apesar do aumento no número de
notificação, ainda descarta a possibilidade de epidemia.
A subcoordenadora de Vigilância
Epidemiológica, Kristiane Fialho, explicou porque a Sesap não considera
um surto da doença. “Não consideramos, pois a mesma se manifestou pela
primeira vez neste ano. Para a gente considerar epidemia, tem que ter um
histórico da doença na região”, afirmou.
Um estudo vem sendo feito pela equipe do
Programa de Treinamento em Epidemiologia Aplicada aos Serviços do SUS
(EPISUS/MS), Coordenação Geral de Vigilância e Resposta às Emergências
em Saúde Pública (CGVR) e Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), com o
objetivo de confirmar a existência de um surto de doença exantemática,
identificando os agentes etiológicos através da análise de prontuários,
triagem de casos, entrevistas, identificação de sinais e sintomas, além
da coleta de amostras de pacientes atendidos nos Hospitais Giselda
Trigueiro, Sandra Celeste e Hospital dos Pescadores para análise em
laboratórios de referência.
As amostras serão testadas para dengue,
sarampo, rubéola, parvovírus, arbovírus, zika, enterovírus e vírus
respiratório, no Laboratório Central (Lacen-RN), Instituto Evandro
Chagas (IEC) e Fiocruz/RJ, com possibilidade de envio também para outros
países. O Ministério da Saúde irá aguardar o resultado dos exames para
produzir um relatório final e conclusão da investigação.
O Ministério da Saúde vem acompanhando
de perto a ocorrência de casos de doenças com manchas na pele nos
estados do Rio Grande do Norte, Maranhão e Paraíba. O órgão federal está
aos poucos definindo as diretrizes e a Sesap vai realizar buscas para
realizar o controle vetorial estamos do mosquito Aedes Aegypti,
transmissor da doença.
O zika é uma doença viral, benigna e que
tem cura e é considerada a “prima” da dengue, por causa dos sintomas
similares e ser causada pelo mesmo transmissor.
Os sintomas são febre baixa, coceira,
além das manchas vermelhas, inchaço nas extremidades e dor atrás dos
olhos, que também podem ficar vermelhos. O período de incubação de cerca
de quatro dias. O tratamento é baseado no uso de medicamentos para o
alívio da febre e dor.
Não há registros de óbitos causados pela
doença. Sobre a dengue, Fialho afirmou que estão monitorando os casos e
um boletim sobre os casos da doença no Rio Grande do Norte ainda serão
divulgados nesta terça-feira (26).
“Com o resultado do boletim epidemiológico em mãos, vamos tomar medidas para realizar o combate contra a doença”, afirmou.
As medidas de prevenção são semelhantes às da Dengue e da Chicungunha, que são ingestão de líquido e repouso absoluto.
Por Lara Paiva
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