Urina é coletada manualmente em maternidade de Natal; mãe corre risco

Caso acontece nesta quarta na Maternidade das Quintas, na zona Oeste.
Servidores precisam se revezar a cada 30 minutos para recolher urina.

Do G1 RN

 

Paciente se recupera de cesariana na maternidade

(Foto: Divulgação/Sindsaúde-RN)

A falta de um coletor está obrigando enfermeiros da Maternidade das Quintas, na zona Oeste de Natal, a recolherem manualmente a urina de uma paciente que deu à luz nesta quarta-feira (14). A situação foi denunciada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Saúde do Rio Grande do Norte (Sindsaúde-RN), que alerta para o risco de infecções no procedimento.

O G1 tentou contato com a assessoria de comunicação da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), porém as ligações não foram atendidas.

A paciente deu à luz no começo da tarde por cesariana e precisou ficar repousando na cama durante 12 horas por causa da anestesia. Os servidores da unidade informaram que devido à falta dessa bolsa coletora de urina, a cada 30 minutos uma técnica de enfermagem precisa esvaziar manualmente a bexiga da paciente.

“A sonda por si só já é uma porta de entrada para infecções. A retirada manual da urina, além disso, ainda pode lesionar o órgão, já que ninguém sabe ao certo a quantidade que precisa ser expulsa do corpo”, explica Célia Dantas, diretora do Sindsaúde-RN.