“Em razão do atual cenário criado recentemente em torno de nossa
apresentadora Rachel Sheherazade, o SBT decidiu que os comentários em
seus telejornais serão feitos unicamente pelo Jornalismo da emissora em
forma de Editorial. Essa medida tem como objetivo preservar nossos
apresentadores Rachel Sheherazade e Joseval Peixoto, que continuam no
comando do SBT Brasil”.
Essa foi a nota emitida hoje pelo SBT, para justificar que, a partir de
agora, as opiniões firmes da apresentadora Rachel Sheherazade serão
filtradas. Ao transferir a responsabilidade para o conjunto, o grupo de
Sílvio Santos realmente protege a apresentadora, mas resta perguntar: a
que custo?
Se ela antes tinha “carta branca” para emitir suas opiniões, será que
agora o jornalismo oficial fará o mesmo? Será que haverá a mesma coragem
ao denunciar os podres que ela denunciava? O jornal de opinião faz
falta, até porque muitos fingem neutralidade jornalística, mas no fundo
adotam uma visão ideológica. A diferença é que a visão de mundo de
Rachel batia de frente com o “mainstream” nacional, com a hegemonia de
esquerda.
A patrulha de esquerda é muito organizada, poderosa e estridente. Basta
surgir em cena alguns jornalistas com discurso diferente para deixar a
turma em polvorosa. Apesar de todo o discurso em prol da pluralidade, o
fato é que nossa esquerda detesta o contraditório, acostumada a viver
por tempo demais com o monopólio da mídia.
Lamento profundamente que o SBT não tenha tido a coragem de bancar a
apresentadora com sua independência de emitir opiniões, por mais
polêmicas que fossem. Foi uma vitória da patrulha politicamente correta,
da esquerda hegemônica e autoritária, do jornalismo acovardado que
domina nosso país.
Por Rodrigo Constantino
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