A fatia do orçamento destinada ao cigarro é três vezes maior
do que a destinada à batata, por exemplo Foto: Domingos Peixoto / Agência O
Globo
O cigarro compromete, em média, 1,08% do orçamento mensal das
famílias brasileira, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE). O percentual é quase o mesmo do destinado às compras de feijão carioca
e arroz, que respondem por 1,12% do IPCA. Esses dados fazem parte da
metodologia de cálculo da inflação oficial do país.
Pelos dados do IBGE, a fatia do orçamento destinada ao
cigarro é três vezes maior do que a destinada à batata, por exemplo, e 13,5
vezes maior que aquela que vai para o cafezinho.
Em entrevista à Agência Estado, Eulina Nunes, coordenadora de Índices de Preços do IBGE, lembrou, porém, que o peso do cigarro no orçamento do brasileiro já foi bem maior: há 20 anos, chegava a 1,4%. No entanto, de lá pra cá, o produto ficou 447,17% mais caro, o que explica — além das campanhas de conscientização sobre os malefícios que o fumo traz à saúde — o corte do item no orçamento. “Isso é principalmente aumento de imposto. Não só para aumentar a arrecadação, mas, por ser considerado um item supérfluo e prejudicial à saúde, aumentou muito a tributação como uma política mesmo. Mais de 70% do preço do cigarro são impostos”, disse Eulina.
Fonte: Extra Globo
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