A
febre do jogo Pokemon Go chegou ao Brasil na última quarta-feira (3/8).
Desde então, o aplicativo, que já é fenômeno em todo o mundo, tem
invadido praças, ruas e também o ambiente de trabalho. A brincadeira de
capturar monstrinhos durante o horário do serviço, no entanto, pode
custar duras punições ao trabalhador e chegar até mesmo à demissão por
justa causa.
Insubordinação,
redução do nível de segurança, queda de produtividade: caça por pokemon
pode causar problemas em ambiente de trabalho “Muitas empresas estão se
queixando de funcionários que estão perdendo produtividade, pois estão
usando o aplicativo durante o expediente, seja em escritórios, ambientes
fabris ou até mesmo na rua, para aqueles que trabalham em funções
externas. Esses trabalhadores podem ser punidos e, inclusive, demitidos
por justa causa. Isso porque a própria CLT prevê que a queda do
desempenho do empregado poderá gerar esse tipo de demissão”, explica o
advogado Rafael Colônia, especialista em Direito do Trabalho do
escritório Aith Advocacia.
De acordo com ele, a Justiça do Trabalho tem entendimento consolidado
quanto às consequências da utilização de aparelhos eletrônicos no local
de trabalho, seja por insubordinação, seja pela redução de segurança no
ambiente de trabalho. E Pokemon Go não escapa destas regras. Renato
Falchet, especialista em Direito Digital do Aith Advocacia, esclarece
que a empresa tem o direito de restringir o uso de aparelho celular
dentro do ambiente de trabalho, seja por normas próprias ou por Acordos
Coletivos de Trabalho. “Nos dois casos, se o empregado que ignorar a
proibição da empresa poderá tomar advertência e até mesmo ser demitido
por justa causa, em virtude de sua insubordinação”, destaca Falchet.
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