Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Reynaldo Rocha
Tão certo como o nascer do sol é que este será o ano
da Lava Jato. O otimismo que tomou conta do governo nos últimos dias de 2015
não resistiu a sete dias de 2016. O protagonismo indesejado pelos ladrões
voltou a ditar o ritmo deste ano de eterno carnaval temporão. O
ministro que havia confirmado a morte do impeachment de Dilma convive com
o fantasma dos processos e tem pesadelos com uma provável investigação.
Já ficou claro que a anunciada morte do impeachment foi
alarme falso. Segunda constatação: ser ministro no atual governo é habeas
corpus preventivo para escapar de Moro e ser processado pelo STF. Quem sabe
Barroso, o Tenebroso, seja sorteado para inocentar o acusado? Seja qual for o
crime, sejam quais forem as provas, sempre se poderá suprimir trechos de leis
para justificar a subserviência explícita.
Insisto: 2016 será o ano da Lava Jato. Sem prazos
estendidos, com provas e colaboração de acusados, associados a uma eleição
municipal que irá colocar os últimos pregos no caixão do PT. As tentativas de
desaparelhar a Polícia Federal e criar uma legislação para acordos de leniência
em que a CGU define as regras, além da histeria de Barroso e Lewandowski em
busca da saída do labirinto, estão sendo tiros n’água que confirmam o óbvio: a
agenda política e o futuro do Brasil serão determinados pela Operação Lava
Jato.
Mas isso não será suficiente para a mudança que queremos.
É essencial que a Lava Jato seja o estopim da bomba H destinada a Dilma e ao
PT. E essa bomba só pode ser confeccionada pelas ruas. O orgulho despertado por
um Moro, a esperança depositada nos corajosos procuradores e policiais ─
nada disso bastará se nos restringirmos ao papel de torcedor de arquibancada. O
jogo também é nosso. Fazemos parte do time e temos que entrar em campo de novo.
Somos milhões. Os defensores de bandidos são poucos e estão acuados. Temos a
Justiça ao nosso lado. Eles têm quadrilhas.
Moro tem inimigos e não pode ficar só. Abandoná-lo nessa
luta é optar pelo suicídio coletivo. Estamos com Moro e com o que ele
representa. O recado precisa ser dado em 13 de março.
Por um tempo, nestes tristes dias de insanidades, ouvimos
o brado dos milicianos aparelhados: “Lula é meu amigo: mexeu com ele, mexeu
comigo!” Cada um tem o “lula” que merece. Moro é meu amigo! Mexeu com ele,
mexeu comigo!
O início de 2016 tem data marcada: 13 de março.
Reynaldo Rocha é Jornalista.
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