O
encontro faz parte da estratégia montada por Dilma para conseguir
barrar o impeachment no Congresso Nacional. Além dessa reunião, ela já se encontrou com juristas, chamou ao Planalto 23 dos 31 ministros para
uma reunião, tem participado de eventos públicos nos quais diz que não
há base jurídica para o processo e que defenderá seu mandato com todos
os instrumentos democráticos.
Na
semana passada, o chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, informou que
haveria o encontro nesta semana, citou nota divulgada por governadores
do Nordeste em defesa de Dilma e afirmou que o governo se prepara para o
"embate político que está começando".
Na
manhã de ontem, Dilma deu declaração à imprensa no Planalto para falar
sobre o processo de impeachment. Em sua fala, ela defendeu que não haja
recesso parlamentar em razão do andamento do processo e disse que, mesmo
que haja pausa para os parlamentares no período entre Natal e Ano Novo,
prefere não esperar fevereiro para que o processo tenha andamento.
“Eu
prefiro e acho que não deve haver recesso. Não podemos nos dar ao
direito de parar o país até 2 de fevereiro. Acho justo parar nas festas.
Agora, o Congresso pode funcionar em janeiro assim que passarem as
festas. Aí retoma e julga as coisas pendentes. Não pode o país ficar em
compasso de espera até 2 de fevereiro", afirmou a presidente.
Além dela, os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça) e Luís Inácio Adams (Advocacia Geral da União) também falaram sobre o processo de impeachment nesta segunda, em entrevista no Palácio do Planalto.
Para Cardozo, é um “erro grosseiro” pensar que, por meio do impeachment, o país será pacificado e as crises, superadas.
Segundo Adams, responsável pela defesa institucional da União, o governo não pretende acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) contra o processo, porque vai priorizar a defesa que será apresentada ao Congresso Nacional – parlamentares do PT já moveram ações na corte contra a decisão de Cunha sob a alegação de abuso de poder.

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