Nove partidos controlam 23 pastas; PT tem nove e o PMDB, sete.
A presidente Dilma Rousseff dará posse nesta segunda-feira (5) aos dez
novos ministros anunciados na última sexta (2). A cerimônia, que
ocorrerá no Palácio do Planalto, está prevista para ter início às 15h.
Dilma anunciou, na última semana, o corte de 8 das 39 pastas por meio de
fusão e eliminação de ministérios, medidas de enxugamento da máquina
administrativa e redução em 10% do próprio salário, do vice e dos
ministros (de R$ 30.934,70 para R$ 27.841,23). No total, nove partidos
controlam 23 ministérios – nos casos dos outros oito, os ministros não
têm filiação partidária.
Confira os nomes dos dez ministros que tomarão posse nesta segunda:
- Casa Civil: Jaques Wagner (PT)
- Ciência e Tecnologia: Celso Pansera (PMDB)
- Comunicações: André Figueiredo (PDT)
- Defesa: Aldo Rebelo (PCdoB)
- Educação: Aloizio Mercadante (PT)
- Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos: Nilma Lino Gomes (sem partido)
- Portos: Helder Barbalho (PMDB)
- Saúde: Marcelo Castro (PMDB)
- Secretaria de Governo: Ricardo Berzoini (PT)
- Trabalho e Previdência: Miguel Rossetto (PT)
Mesmo com a redução do número de pastas, o PMDB aumentou a participação
no ministério (de seis para sete). O partido com mais ministérios
continua sendo o PT (nove). Ficaram com um ministério PTB, PR, PSD, PDT,
PCdoB, PRB e PP. Oito ministros não são filiados a partidos.
As cerimônias de transmissão de cargo, que ocorrem nas sedes dos
ministérios, serão marcadas pelas equipes de cada pasta, de acordo com o
Palácio do Planalto.
Viagem
Para empossar os novos ministros, Dilma Rousseff adiou nesta sexta-feira
(2) a visita oficial que faria à Colômbia entre domingo e segunda-feira
para a próxima quinta (8). Conforme o Ministério das Relações
Exteriores, Dilma vai tentar, em Bogotá, acelerar um acordo econômico
que tem por objetivo reduzir a zero as taxas de importação colombianas a
produtos brasileiros.
Segundo o G1 apurou, a presidente mudou a data da visita ao país também
para poder acompanhar a análise de vetos a projetos da "pauta-bomba"
pelo Congresso Nacional e o julgamento, pelo Tribunal de Contas da União
(TCU), das contas do governo referentes a 2014.
Reforma ministerial
Com o novo arranjo do governo, a pasta de Assuntos Estratégicos foi
extinta; Relações Institucionais, Secretaria Geral, Gabinete de
Segurança Institucional, Micro e Pequena Empresa foram incorporadas ao
novo ministério intitulado Secretaria de Governo; Pesca foi incorporada a
Agricultura; Previdência e Trabalho se fundiram em um único ministério,
assim como Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos.
O principal objetivo da reforma é assegurar a governabilidade, com a
formação de uma nova base de apoio partidário no Congresso, a fim de o
governo obter maioria parlamentar, evitar as derrotas que vinha sofrendo
e conseguir a aprovação das matérias de seu interesse na Câmara e no
Senado.
Além de anunciar os nomes dos novos ministros, a presidente apresentou
medidas para enxugar a máquina administrativa. Segundo ela, são ações
“temporárias”, diante do período de crise econômica.
Entre as medidas, estão a extinção de 3 mil cargos comissionados, a
eliminação de 30 secretarias ligadas a ministérios, o corte de até 20%
nos gastos de custeio, além da imposição de limite de gastos com
telefone, passagens e diárias aos ministérios.
Fonte: http://g1.globo.com/
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