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No
futuro, sua carteira estará bem mais magra. Ela não precisará carregar
cédulas de dinheiro ou mesmo cartões de crédito. Essa é a previsão de
James Anderson, vice-presidente de mobile e países emergentes da
MasterCard.
“A tecnologia necessária para isso já existe e está sendo implantada ao redor do mundo”, disse o executivo.
Quem
assume, então, o lugar do dinheiro em notas e de cartões? O smartphone.
Anderson cita três exemplos como os principais na atualidade: Apple
Pay, Android Pay e Samsung Pay.
Essas
tecnologias estão mudando a forma como as pessoas lidam com pagamentos.
A previsão dele é que muitas outras empresas ainda invistam nesse tipo
de tecnologia. Além das empresas com as quais a MasterCard trabalha em
parceira, ela mesma tem um projeto nessa área, o MasterPass.
"Talvez
cheguemos a esse ponto nos próximos anos, mas a migração dos últimos
10% das pessoas é sempre a parte mais difícil", disse.
Para
Anderson, um dos principais pontos dentro do assunto é segurança. “As
pessoas se preocupam muito com dinheiro e é algo com que elas realmente
devem se preocupar”, disse.
Questionado
sobre como passar ao consumidor a confiança de que colocar se cartão de
crédito em um smartphone é algo seguro, Anderson disse que esse é um
processo complicado. “As explicações de segurança são muito complexas.
Tentar explicar isso ao consumidor é tirar a simplicidade de todo o
processo – que é um dos objetivos da MasterCard”, afirmou. Ele ressalta
que elas existem e que são assunto compreensível para doutores em
matemática.
A
empresa se apoia, portanto, na relação que sua marca tem com
consumidores. Outro detalhe que entra nessa conta é o nome do banco do
qual a pessoa é cliente.
“Muitas
pessoas recebem seus salários diretamente em uma conta de banco. Existe
uma relação de confiança entre elas e essa marca. E o mesmo entre os
clientes e a nossa marca. Para nós, colocar o nome MasterCard em um
serviço é atestar que ele é seguro e confiável”, disse Anderson.
Mas
é possível trabalhar com a ideia do fim do dinheiro em cédulas em
países emergentes? O Brasil, por exemplo, tem quase 40% da população sem
conta em banco.
“É
preciso oferecer soluções diferentes, baseadas em tecnologias
diferentes para essas populações. O Brasil é um país que tem todos os
espectros possíveis. Desde uma parcela que adotaria o Apple Pay no
momento de lançamento, até outras pessoas que não têm acesso a
tecnologias de ponta”, disse Anderson.
Na
África do Sul, uma solução de cartões foi usada pelo agência de seguro
social do país. A adoção dos cartões aumentou o número de habitantes do
país dentro do sistema bancário, pulando de 67% para 75% em apenas um
ano (de 2012 para 2013).
Ao
mesmo tempo, um esquema de segurança e verificação permitiu que o
governo verificasse os beneficiados. "Se descobriu que muitos daqueles
que recebiam o dinheiro já haviam morrido", contou Anderson.
James Anderson está no Brasil para a conferência Ciab Febraban 2015, na qual falará hoje em um debate sobre tokenização. (Exame)
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