Morreu
na noite deste domingo (8) a cantora e apresentadora Inezita Barroso,
conhecida por sua defesa da cultura caipira, à qual dava espaço no
programa “Viola, Minha Viola”, que apresentou por quase 35 anos. A
informação foi confirmada pelo perfil oficial da TV Cultura. Inezita
estava internada no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, desde o dia 19
de fevereiro. Completou 90 anos no último dia 4. A cantora deixa uma
filha, Marta Barroso, três netas e cinco bisnetos.
Ignez Magdalena Aranha de Lima, nome de
batismo de Inezita Barroso, nasceu em 4 de março de 1925, no bairro da
Barra Funda, em São Paulo. Filha de família tradicional paulistana,
passou a infância cercada por influências musicais diversas, mas foi na
fazenda da família, no interior paulista, que desenvolveu seu amor pela
música caipira e pelas tradições populares. Formou-se em Biblioteconomia
pela USP, e foi uma grande pesquisadora do gênero musical. Por conta
própria, percorreu o Brasil resgatando histórias e canções.
Além da cantora, foi instrumentista,
arranjadora, folclorista e professora. Em cerca de 60 anos de carreira,
gravou mais de 80 discos. Como intérprete, sua gravação mais famosa foi
“Moda da Pinga”, dos versos “Co’a marvada pinga é que eu me atrapaio/ Eu
entro na venda e já dô meu taio/ Pego no copo e dali num saio/ Ali
mesmo eu bebo, ali mesmo eu caio/ Só pra carregá é queu dô trabaio, oi
lá!”.
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