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relação à qualidade dos serviços, 70% dos que buscaram o SUS disseram
estar insatisfeitos e atribuíram avaliações que variam de regular a
péssimo FOTO: AGÊNCIA BR
Os serviços públicos e privados de saúde no Brasil são considerados regulares, ruins ou péssimos por 93% da população. É o que indica pesquisa do Instituto Datafolha feita a pedido do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Associação Paulista de Medicina (APM). O levantamento mostra que os principais problemas enfrentados pelo setor incluem filas de espera, acesso aos serviços públicos e gestão de recursos.
De acordo com o estudo, a saúde é apontada como a área de maior importância para 87% dos brasileiros. Para 57%, o tema que deve ser tratado como prioridade pelo Governo Federal.
Os dados revelam que, em relação ao Sistema Único de Saúde (SUS),
os pontos mais críticos são os relacionados ao acesso e ao tempo de
espera. Mais da metade dos entrevistados que buscaram atendimento na
rede pública relataram ser difícil ou muito difícil conseguir o serviço
pretendido - sobretudo cirurgias, atendimento domiciliar e procedimentos específicos como hemodiálise e quimioterapia.
Em relação à qualidade dos serviços, 70% dos que buscaram o SUS disseram estar insatisfeitose atribuíram avaliações que variam de regular a péssimo. A percepção mais negativa está relacionada ao atendimento nas urgências, emergências e em pronto-socorros.
Entre os entrevistados, pelo menos 30% declararam estar aguardando ou
ter alguém na família aguardando a marcação ou a realização de algum
procedimento na rede pública. Mesmo entre os que possuem plano de saúde,
22% aguardam algum tipo de atendimento no SUS.
Os dados mostram que duas em cada dez pessoas ouvidas conseguiram ser
atendidas no prazo de um mês, enquanto 29% aguarda há mais de seis meses
para ter a demanda atendida. O grupo que passa mais tempo aguardando
atendimento do SUS são as mulheres com idade entre 25 e 55 anos, que
concluíram o ensino fundamental e residem na Região Sudeste.
Fonte: Diário do Nordeste
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