A
cada 14,8 segundos no país, em julho, um consumidor foi vítima de
tentativa de fraude após ter documentos roubados por golpistas, que usam
os dados pessoais para fazer negócios ou obter crédito com a intenção
de não pagar as dívidas. Segundo o Indicador Serasa Experian de
Tentativas de Fraude – Consumidor, foram registradas 180.919 tentativas,
número 19,9% acima do constatado em junho deste ano.
No
acumulado de janeiro a julho, no entanto, houve recuo de 5,5%. As
tentativas de fraudes também foram 15,8% menores do que em julho do ano
passado. Mais de um terço delas se deram no setor de telefonia (35,5%),
com 64.167 registros, que representam queda sobre julho do ano passado
(49,7%).
Em
serviços (construtoras, imobiliárias, seguradoras e serviços em geral,
como salões de beleza, pacotes turísticos etc), ocorreram 56.752
tentativas de fraudes ou 31,4% do total, proporção superior à registrada
no mesmo mês de 2013 (26,2%). Na terceira posição está o setor
bancário, com 43.348 registros ou 24% do total, ante 16,7% em julho de
2013.
Na
sequência, aparece o segmento varejo, com 13.445 tentativas de fraude
ou 7,4% do total de casos, ante 6,1% do verificado em julho do ano
passado. Nos demais segmentos não detalhados pela Serasa Experian
ocorreram 1,8% de tentativas.
A
empresa alerta ser “comum que as pessoas forneçam dados pessoais em
cadastros na internet sem verificar a idoneidade e a segurança dos
sites. Além disso, os golpistas costumam comprar telefone para ter um
endereço e comprovar residência, por meio de correspondência, e assim
abrir contas em bancos para pegar talões de cheque, pedir cartões de
crédito e fazer empréstimos em nome de outras pessoas”.
Entre
as principais tentativas estão a emissão de cartões de crédito em que o
criminoso usa uma identificação falsa ou roubada e toda a dívida gerada
fica para o titular do documento; o financiamento de eletrônicos, em
que o golpista compra um produto (TV, aparelho de som, celular etc.),
deixando a dívida para a vítima; a compra de celulares; abertura de
contas em um banco para ter acesso a cartões, talões de cheque e
empréstimos pré-aprovados; compra de automóveis e abertura de empresas.
Diariamente,
a Serasa Experian responde por 6 milhões de consultas, auxiliando 500
mil empresas de diversos portes e segmentos a tomar a melhor decisão em
qualquer etapa de negócio, desde a prospecção até a recuperação. Como
medida de precaução, a companhia adverte que antes de fechar uma
operação de venda a prazo, as empresas devem tomar alguns cuidados como a
checagem de documentos originais (RG, CPF, carteira de habilitação); a
verificação de inconsistências nos documentos apresentados e a
confirmação de informações dadas pelo cliente. (Agência Brasil)
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