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quarta-feira, 9 de julho de 2014

Ponte de Igapó deve passar por manutenção na estrutura até o final do ano. Com ferragens expostas e estrutura desgastada, fluxo é de 40 mil veículos por dia

BEM DETERIORADA
Foto: Wellington Rocha
Foto: Wellington Rocha
Alessandra Bernardo
alessabsl@gmail.com
Com várias partes de concreto desgastadas, ferragens expostas e corroídas pela ação do tempo e diversos buracos abertos no asfalto, a Ponte de Igapó deve passar por manutenção até o final do ano. Principal elo entre as zonas Norte e Oeste de Natal, a estrutura possui mais de 600 metros de extensão e recebe um fluxo de aproximadamente 40 mil veículos ao dia. Quem usa a ponte diariamente, seja a pé ou em veículo, revela apreensão com seu estado de conservação.
“Tenho medo sim, mas preciso passar pela ponte todos os dias para ir trabalhar em Lagoa Nova, então, procuro não pensar muito no assunto e sempre rezo antes de sair de casa, para tudo. Sempre vejo alguns trechos com ferragens expostas e sei que ela necessita de reforma para reparar esses danos, mas parece que não tem manutenção. Se acontecer alguma coisa aqui, será uma tragédia grande”, disse o funcionário público Fernando Xavier.
O pescador João Tertuliano também passa frequentemente pela ponte e também reconhece a necessidade de manutenção na estrutura, mas não acredita que isso ofereça algum tipo de risco às milhares de pessoas que atravessam o Rio Potengi. Ele disse que já viu pessoas torcerem o pé em buracos existentes na passagem de pedestre da ponte e que já chegou a se machucar uma vez.
“Tem várias partes se destacando na mureta de proteção, com ferro exposto e tudo. E lá embaixo, a situação é pior ainda, só quem anda de barco por aqui sabe como estão as paredes e ferragens, mas já ouvi dizer que vão consertar os problemas, então, não acredito que ela possa cair não. Eu mesmo não tenho medo de ficar aqui em cima ou lá embaixo, mas conheço gente que não se arrisca”, afirmou.
Construída em duas etapas – a primeira em 1970 e a segunda, em 1988, quando foi erguida também a linha férrea, a Ponte de Igapó foi por muitos anos a única ligação entre a zona Norte e o restante da cidade de Natal, até a inauguração da Ponte Newton Navarro em novembro de 2007, no bairro da Redinha. Segundo o superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Walter Fernandes, ela deve passar por manutenção até o final deste ano.
Ele disse ainda que, apesar do desgaste apresentado pela estrutura da ponte, ela não oferece nenhum risco aos motoristas e pedestres que atravessam o Potengi por ela, diariamente e que não há motivo para preocupação. “Não há risco e ela é monitorada constantemente por nossas equipes, o que nos deixa tranquilos com relação a isso”, respondeu.
Ponte foi construída em duas etapas: 1970 e 1988, quando foi erguida a linha férrea. DNIT diz que desgaste não oferece riscos. Foto: Wellington Rocha
Ponte foi construída em duas etapas: 1970 e 1988, quando foi erguida a linha férrea. DNIT diz que desgaste não oferece riscos. Foto: Wellington Rocha
Licitação deve acontecer até fim de julho
Walter Fernandes explicou que o órgão está terminando de fazer as adequações no projeto de manutenção da estrutura e que até o final deste mês, será aberta licitação pública para escolher a empresa que ficará responsável pelos serviços. O processo, que deveria ter sido concluído no início deste ano, foi prejudicado porque nenhuma empresa apresentou proposta às duas licitações anteriores.
“A primeira licitação foi deserta e a segunda, frustrada, o que nos obrigou a mudar a metodologia sugerida para o serviço, que é complexo, já que ele terá que ser feito sem que haja interdição de nenhuma das faixas existentes na ponte. Estamos concluindo as adequações na proposta e a nossa expectativa é lançar o edital ainda este mês, para darmos início à manutenção da Ponte de Igapó”, afirmou Walter.

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