http://martinsogaricgp.blogspot.com.br/
Celebração
em homenagem a São Valentim surgiu na Idade Média e por séculos foi uma
festa
que liberou mulheres casadas para trair seus maridos
www.blogzonanorte.net
O
dia dos namorados, ou dia de São Valentim, como é chamado em alguns
países, é uma
das principais datas comemorativas do planeta. A troca de
presentes e mensagens entre os
casais aquece o comércio e gera cifras
colossais em diversos países. No entanto, a
celebração nem sempre foi
ligada ao comércio. A festividade tem raízes históricas que
remontam aos
rituais pagãos da Roma antiga.
De
acordo com a tradição, o dia 14 de fevereiro, data em que o dia dos
namorados é
comemorado em países como os Estados Unidos, relembra o
aniversário de morte de
São Valentim, mártir cristão que provavelmente
viveu durante o século III. Nesse período,
o imperador romano Claudio II
proibira os casamentos, por acreditar que os homens
solteiros e sem
responsabilidades familiares eram melhores soldados. Valentim se opôs
a
essa decisão, concedendo as bênçãos matrimoniais a jovens noivos de forma clandestina.
A
rebeldia do santo o levou à prisão e ele acabou decapitado no ano de
270. Durante o período
em que esteve trancafiado, Valentim teria se
apaixonado por uma jovem, filha do carcereiro,
com quem manteve um
romance secreto. Antes de sua morte, o religioso lhe escreveu
uma
mensagem em que assinou “do seu Valentim”, criando aquilo que se
tornaria o primeiro
cartão de dia dos namorados.
Dois
séculos depois, no ano de 496, o papa Gelásio I escolheu Valentim como
símbolo
dos enamorados. No entanto, toda a saga do mártir é incerta. Há
pelo menos três religiosos
com o nome de Valentim, dois deles sepultados
em Roma e um terceiro que teria sido morto
na África. A própria Igreja
Católica, em 1969, deixou de celebrar o aniversário do santo
por
considerar suas origens – e mesmo sua existência – incertas.
Apesar
dessas dúvidas sobre a verdadeira história do mártir, a data que
relembra sua morte
se consolidou durante o período medieval, mas de uma
maneira muito diferente da
que conhecemos hoje. Ligadas a rituais de
fertilidade e renovação da terra que remontam
ao período romano, as
comemorações do dia de São Valentim eram o momento em que as
rígidas
condutas morais impostas pela Igreja Católica eram quebradas. Nessas
festividades,
as mulheres casadas reconquistavam as liberdades do tempo
de solteiras e ficavam livres
para flertar com quem quisessem, podendo
até cometer adultério com a tolerância de
seus maridos.
Detalhe da obra A dança da noiva ao ar livre, de Pieter Brueghel
(1566). Os festivais medievais como o São Valentim era
espaços de quebra das regras morais
Instituto de Arte de Detroit
Esse
tipo de conduta, que desafiava o sagrado dever da fidelidade, foi
duramente combatido
pela Igreja, especialmente após o século XVII,
durante a chamada Contra-Reforma.
Essas tradições se mantiveram por
algum tempo em regiões como Turim e Gênova, mas a partir
do século XX já
haviam desaparecido por completo. A partir de então, a comemoração do
dia
de São Valentim abandonou suas raízes libertinas e se tornou uma
ocasião para as
demonstrações de afeto entre casais de todo o planeta.
No
Brasil, a história do dia dos namorados começou em 1949. Na época, o
empresário João
Dória trouxe do exterior a ideia de celebrar uma data em
homenagem aos jovens casais.
No entanto, a festa passou por algumas
adaptações para se encaixar melhor nas tradições do
país. Em primeiro
lugar, a referência a São Valentim, santo nada popular na cultura
brasileira,
foi abandonada. Em seguida, trocou-se o dia 14 de fevereiro
pelo 12 de junho. A nova
data, véspera do dia do “santo casamenteiro”,
Santo Antônio, foi escolhida para que a
festividade pudesse animar o
fraco comércio no sexto mês do ano. E deu certo.
www.blogzonanorte.net
Fonte: Revista História Viva
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Celebração
em homenagem a São Valentim surgiu na Idade Média e por séculos foi uma
festa
que liberou mulheres casadas para trair seus maridos
O
dia dos namorados, ou dia de São Valentim, como é chamado em alguns
países, é uma
das principais datas comemorativas do planeta. A troca de presentes e mensagens entre os
casais aquece o comércio e gera cifras colossais em diversos países. No entanto, a
celebração nem sempre foi ligada ao comércio. A festividade tem raízes históricas que
remontam aos rituais pagãos da Roma antiga.
De acordo com a tradição, o dia 14 de fevereiro, data em que o dia dos namorados é
comemorado em países como os Estados Unidos, relembra o aniversário de morte de
São Valentim, mártir cristão que provavelmente viveu durante o século III. Nesse período,
o imperador romano Claudio II proibira os casamentos, por acreditar que os homens
solteiros e sem responsabilidades familiares eram melhores soldados. Valentim se opôs
a essa decisão, concedendo as bênçãos matrimoniais a jovens noivos de forma clandestina.
A rebeldia do santo o levou à prisão e ele acabou decapitado no ano de 270. Durante o período
em que esteve trancafiado, Valentim teria se apaixonado por uma jovem, filha do carcereiro,
com quem manteve um romance secreto. Antes de sua morte, o religioso lhe escreveu
uma mensagem em que assinou “do seu Valentim”, criando aquilo que se tornaria o primeiro
cartão de dia dos namorados.
Dois séculos depois, no ano de 496, o papa Gelásio I escolheu Valentim como símbolo
dos enamorados. No entanto, toda a saga do mártir é incerta. Há pelo menos três religiosos
com o nome de Valentim, dois deles sepultados em Roma e um terceiro que teria sido morto
na África. A própria Igreja Católica, em 1969, deixou de celebrar o aniversário do santo
por considerar suas origens – e mesmo sua existência – incertas.
Esse
tipo de conduta, que desafiava o sagrado dever da fidelidade, foi
duramente combatido
pela Igreja, especialmente após o século XVII, durante a chamada Contra-Reforma.
Essas tradições se mantiveram por algum tempo em regiões como Turim e Gênova, mas a partir
do século XX já haviam desaparecido por completo. A partir de então, a comemoração do dia
de São Valentim abandonou suas raízes libertinas e se tornou uma ocasião para as
demonstrações de afeto entre casais de todo o planeta.
No Brasil, a história do dia dos namorados começou em 1949. Na época, o empresário João
Dória trouxe do exterior a ideia de celebrar uma data em homenagem aos jovens casais.
No entanto, a festa passou por algumas adaptações para se encaixar melhor nas tradições do
país. Em primeiro lugar, a referência a São Valentim, santo nada popular na cultura brasileira,
foi abandonada. Em seguida, trocou-se o dia 14 de fevereiro pelo 12 de junho. A nova
data, véspera do dia do “santo casamenteiro”, Santo Antônio, foi escolhida para que a
festividade pudesse animar o fraco comércio no sexto mês do ano. E deu certo.
Fonte: Revista História Viva
que liberou mulheres casadas para trair seus maridos
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das principais datas comemorativas do planeta. A troca de presentes e mensagens entre os
casais aquece o comércio e gera cifras colossais em diversos países. No entanto, a
celebração nem sempre foi ligada ao comércio. A festividade tem raízes históricas que
remontam aos rituais pagãos da Roma antiga.
De acordo com a tradição, o dia 14 de fevereiro, data em que o dia dos namorados é
comemorado em países como os Estados Unidos, relembra o aniversário de morte de
São Valentim, mártir cristão que provavelmente viveu durante o século III. Nesse período,
o imperador romano Claudio II proibira os casamentos, por acreditar que os homens
solteiros e sem responsabilidades familiares eram melhores soldados. Valentim se opôs
a essa decisão, concedendo as bênçãos matrimoniais a jovens noivos de forma clandestina.
A rebeldia do santo o levou à prisão e ele acabou decapitado no ano de 270. Durante o período
em que esteve trancafiado, Valentim teria se apaixonado por uma jovem, filha do carcereiro,
com quem manteve um romance secreto. Antes de sua morte, o religioso lhe escreveu
uma mensagem em que assinou “do seu Valentim”, criando aquilo que se tornaria o primeiro
cartão de dia dos namorados.
Dois séculos depois, no ano de 496, o papa Gelásio I escolheu Valentim como símbolo
dos enamorados. No entanto, toda a saga do mártir é incerta. Há pelo menos três religiosos
com o nome de Valentim, dois deles sepultados em Roma e um terceiro que teria sido morto
na África. A própria Igreja Católica, em 1969, deixou de celebrar o aniversário do santo
por considerar suas origens – e mesmo sua existência – incertas.
Apesar
dessas dúvidas sobre a verdadeira história do mártir, a data que
relembra sua morte
se consolidou durante o período medieval, mas de uma maneira muito diferente da
que conhecemos hoje. Ligadas a rituais de fertilidade e renovação da terra que remontam
ao período romano, as comemorações do dia de São Valentim eram o momento em que as
rígidas condutas morais impostas pela Igreja Católica eram quebradas. Nessas festividades,
as mulheres casadas reconquistavam as liberdades do tempo de solteiras e ficavam livres
para flertar com quem quisessem, podendo até cometer adultério com a tolerância de
seus maridos.
se consolidou durante o período medieval, mas de uma maneira muito diferente da
que conhecemos hoje. Ligadas a rituais de fertilidade e renovação da terra que remontam
ao período romano, as comemorações do dia de São Valentim eram o momento em que as
rígidas condutas morais impostas pela Igreja Católica eram quebradas. Nessas festividades,
as mulheres casadas reconquistavam as liberdades do tempo de solteiras e ficavam livres
para flertar com quem quisessem, podendo até cometer adultério com a tolerância de
seus maridos.
Detalhe da obra A dança da noiva ao ar livre, de Pieter Brueghel (1566). Os festivais medievais como o São Valentim era espaços de quebra das regras morais Instituto de Arte de Detroit |
pela Igreja, especialmente após o século XVII, durante a chamada Contra-Reforma.
Essas tradições se mantiveram por algum tempo em regiões como Turim e Gênova, mas a partir
do século XX já haviam desaparecido por completo. A partir de então, a comemoração do dia
de São Valentim abandonou suas raízes libertinas e se tornou uma ocasião para as
demonstrações de afeto entre casais de todo o planeta.
No Brasil, a história do dia dos namorados começou em 1949. Na época, o empresário João
Dória trouxe do exterior a ideia de celebrar uma data em homenagem aos jovens casais.
No entanto, a festa passou por algumas adaptações para se encaixar melhor nas tradições do
país. Em primeiro lugar, a referência a São Valentim, santo nada popular na cultura brasileira,
foi abandonada. Em seguida, trocou-se o dia 14 de fevereiro pelo 12 de junho. A nova
data, véspera do dia do “santo casamenteiro”, Santo Antônio, foi escolhida para que a
festividade pudesse animar o fraco comércio no sexto mês do ano. E deu certo.
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Fonte: Revista História Viva
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