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quinta-feira, 12 de junho de 2014

A origem do Dia dos Namorados




http://martinsogaricgp.blogspot.com.br/
Celebração em homenagem a São Valentim surgiu na Idade Média e por séculos foi uma festa
 que liberou mulheres casadas para trair seus maridos

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O dia dos namorados, ou dia de São Valentim, como é chamado em alguns países, é uma
 das principais datas comemorativas do planeta. A troca de presentes e mensagens entre os 
casais aquece o comércio e gera cifras colossais em diversos países. No entanto, a 
celebração nem sempre foi ligada ao comércio. A festividade tem raízes históricas que 
remontam aos rituais pagãos da Roma antiga.

De acordo com a tradição, o dia 14 de fevereiro, data em que o dia dos namorados é 

comemorado em países como os Estados Unidos, relembra o aniversário de morte de 
São Valentim, mártir cristão que provavelmente viveu durante o século III. Nesse período, 
o imperador romano Claudio II proibira os casamentos, por acreditar que os homens 
solteiros e sem responsabilidades familiares eram melhores soldados. Valentim se opôs 
a essa decisão, concedendo as bênçãos matrimoniais a jovens noivos de forma clandestina.

A rebeldia do santo o levou à prisão e ele acabou decapitado no ano de 270. Durante o período

 em que esteve trancafiado, Valentim teria se apaixonado por uma jovem, filha do carcereiro,
 com quem manteve um romance secreto. Antes de sua morte, o religioso lhe escreveu 
uma mensagem em que assinou “do seu Valentim”, criando aquilo que se tornaria o primeiro 
cartão de dia dos namorados.

Dois séculos depois, no ano de 496, o papa Gelásio I escolheu Valentim como símbolo 

dos enamorados. No entanto, toda a saga do mártir é incerta. Há pelo menos três religiosos 
com o nome de Valentim, dois deles sepultados em Roma e um terceiro que teria sido morto 
na África. A própria Igreja Católica, em 1969, deixou de celebrar o aniversário do santo 
por considerar suas origens – e mesmo sua existência – incertas.

Apesar dessas dúvidas sobre a verdadeira história do mártir, a data que relembra sua morte 
se consolidou durante o período medieval, mas de uma maneira muito diferente da 
que conhecemos hoje. Ligadas a rituais de fertilidade e renovação da terra que remontam 
ao período romano, as comemorações do dia de São Valentim eram o momento em que as 
rígidas condutas morais impostas pela Igreja Católica eram quebradas. Nessas festividades,
 as mulheres casadas reconquistavam as liberdades do tempo de solteiras e ficavam livres 
para flertar com quem quisessem, podendo até cometer adultério com a tolerância de 
seus maridos.
Detalhe da obra A dança da noiva ao ar livre, de Pieter Brueghel
 (1566). Os festivais medievais como o São Valentim era
espaços de quebra das regras morais
Instituto de Arte de Detroit
Esse tipo de conduta, que desafiava o sagrado dever da fidelidade, foi duramente combatido 
pela Igreja, especialmente após o século XVII, durante a chamada Contra-Reforma. 
Essas tradições se mantiveram por algum tempo em regiões como Turim e Gênova, mas a partir 
do século XX já haviam desaparecido por completo. A partir de então, a comemoração do dia 
de São Valentim abandonou suas raízes libertinas e se tornou uma ocasião para as 
demonstrações de afeto entre casais de todo o planeta.

No Brasil, a história do dia dos namorados começou em 1949. Na época, o empresário João 

Dória trouxe do exterior a ideia de celebrar uma data em homenagem aos jovens casais. 
No entanto, a festa passou por algumas adaptações para se encaixar melhor nas tradições do 
país. Em primeiro lugar, a referência a São Valentim, santo nada popular na cultura brasileira, 
foi abandonada. Em seguida, trocou-se o dia 14 de fevereiro pelo 12 de junho. A nova 
data, véspera do dia do “santo casamenteiro”, Santo Antônio, foi escolhida para que a 
festividade pudesse animar o fraco comércio no sexto mês do ano. E deu certo.


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Fonte: Revista História Viva 

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