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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Marcos discorda de cobrança pela interligação das casas à rede de esgotos

Moradores e feirantes convivem com esgotos a céu aberto
Dando sequência à sua luta em resolver os graves problemas dos esgotos que correm a céu aberto nas ruas do bairro de Igapó, o vereador Marcos Antônio (PSOL) compareceu a Caern Regional Natal Norte, na manhã desta terça-feira, dia 25, para se informar a respeito da situação do saneamento básico na comunidade.

Ele se reuniu com o gerente da unidade, Ricardo César Marinho, o engenheiro Wallace Pereira de Medeiros e o técnico Carlos Paiva. O objetivo da reunião solicitada pelo parlamentar foi verificar como se encontra o andamento e o prazo para resolver a problemática dos esgotos, que tanto atormenta a vida dos moradores de Igapó.

Segundo Marcos, na gestão do ex-prefeito Aldo Tinoco (1993-1996) foi feito o saneamento básico na comunidade, mas até hoje as interligações nas casas do bairro para a rede de esgotos da Caern não foram efetivadas. As ruas que enfrentam situação mais crítica, segundo o vereador, são: Santo Agostinho, Nossa Senhora do Ó, Bela Vista, Novo Recreio, Travessa Itambé e Travessa Felipe dos Santos.

Uma das indagações é se a rede realmente existe e se ela está em condições operacionais de fazer as interligações nas residências. Há uma norma que criminaliza quem joga águas servidas nas ruas. De acordo com Marcos, as ruas são intrafegáveis por conta da fedentina.

O engenheiro Wallace de Medeiros garantiu que as ruas são saneadas. O problema é que as pessoas não querem fazer as instalações para não pagarem tarifa a Caern. “A gente só faz a ligação quando há solicitação por parte do consumidor, o que nem sempre acontece”, disse.

O gerente Ricardo César enfatizou que a Caern não tem poder de polícia e não pode obrigar o cidadão a fazer a ligação na sua casa para a rede de esgotos, ao contrário de outros órgãos da administração pública.

Mas o parlamentar do PSOL opinou achar absurda a cobrança, uma vez que a carga tributária paga pelo povo já é muita alta. “Nós vamos convocar uma audiência, inclusive, para discutir isso”, adiantou Marcos Antônio, justificando que a maioria das pessoas são pobres e que pagam a duras penas impostos como o IPTU. “Tem deles que não pagam o IPTU porque não podem”.

MAIS TARIFAS

Para esse serviço de interligação nas residências, o mutuário teria que desembolsar 35% sobre a valor da tarifa (consumo) - quando o esgoto é condominial, destacou Ricardo César. Segundo o gerente, a Caern tem um custo imenso para efetivar a manutenção do sistema de águas e esgotos. Marcos defende que os serviços básicos deveriam ser garantidos pelo poder público.

As ruas relacionadas por Marcos enfrentam o problema de esgotos a céu aberto porque é uma contribuição do bairro Amarante, que não é saneado, pertencente ao município de São Gonçalo do Amarante, conforme explicou o técnico Carlos Paiva. As pessoas instalam seus esgotos jogando águas servidas nas ruas. E como no bairro de Igapó sua bacia é mais baixa, por gravidade as águas servidas oriundas do Amarante caem nas galerias, transbordando e provocando lama e outras mazelas na comunidade natalense. “O problema é externo ao bairro”, mencionou Ricardo César.

Após a reunião, o vereador caminhou com os técnicos da companhia pelas ruas de Igapó para tentar encontrar a solução para os problemas de saneamento básico do bairro.

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