O pregão presencial do Mossoró Cidade Junina 2016 virou caso
de polícia. Proprietários de empresas que se sentem prejudicadas estão
denunciando suposta falsificação de documentos da empresa Garra Eventos. A
queixa foi encaminhada a uma Delegacia da cidade.
A licitação, na modalidade pregão, deveria ter sido concluída
na manhã desta terça-feira (3), mas devido aos pontos suspeitos, foi
transferida para nova data, possivelmente na próxima semana.
O problema se arrasta há pelo menos duas semanas, com a
Prefeitura de Mossoró adiando o certame licitatório. O Cidade Junina 2016 deve
ser aberto no primeiro sábado de junho, 6, com o “Pingo da Mei Dia”, ou seja,
daqui a um mês.
O confronto de hoje começou quando a Sampaio Eventos, que
apresentou a melhor proposta, foi desabilitada por não ter o atestado de
captação de recursos, exigido na proposta técnica. Daí, a segunda colocada,
Garra Eventos, seria a vitoriosa. Só que as empresas que foram eliminadas
denunciaram que a Garra havia apresentado atestado de captação de recursos
falsificado.
O pregão foi acompanhado pelos vereadores Tomaz Neto e
Genivan Vale, ambos do PDT. Segundo Genivan, em entrevista ao Blog do Magnos
Alves, a polícia fará diligências para averiguar se os documentos apresentados
pela Garra são verdadeiros ou se a denúncia de falsificação procede.
Caso se confirme a falsificação, além de ser eliminada, a
Garra responderá processo criminal.
A terceira colocada do pregão foi a empresa Francisco de
Assis Almeida ME.
SOB SUSPEITA
O processo de licitação do Mossoró Cidade Junina 2016 está
repleto de coisas suspeitas e vem provocando o Ministério Público para uma
investigação profunda.
Primeiro, surgiu a desconfiança de que a empresa pernambucana
ADPA seria a vencedora, mas como houve a denúncia, representantes da citada
empresa sequer apareceram no primeiro dia do pregão.
Como as outras empresas seriam desabilitadas, o pregão acabou
adiado duas vezes. Daí, surgiu a Garra Eventos, que teria a simpatia do Palácio
da Resistência para ganhar a concorrência. Ganharia, não fosse a denúncia de
falsificação de documentos.
Outro ponto que chama a atenção é que 50% do valor do edital,
que é de R$ 3,8 milhões, não faz parte da concorrência. Ou seja, R$ 1,9 milhão
ficariam “soltos” para a Prefeitura contratar as atrações da festa.
Nas redes sociais circulam comentários que há pelo menos dois
meses o prefeito Silveira Júnior (PSD) já havia contratado algumas
atrações, com destaque para Wesley Safadão.
O prefeito não confirma. Porém, reservou no edital R$
1,9 milhão, sem licitação, para ser gasto com bandas e cantores.
Fonte: De fato