No último dia 15 de março, as principais centrais sindicais, os partidos
da verdadeira esquerda e o PT se mobilizaram nas ruas de Natal em um
ato público que iniciou na frente da FIERN e marchou pela Avenida
Salgado Filho até o cruzamento da Avenida Bernardo Vieira. Local de
concentrações públicas e politicas da cidade, esse ato ocorreu em todo o
Brasil. Foi uma mobilização dos trabalhadores indignados contra o
Projeto de Lei (PL) 4330/2004, de iniciativa do deputado federal Sandro
Mabel de Goiás, empresário dono das empresas de gêneros alimentícios
MABEL (biscoitos Mabel).
O PL, que teve voto favoravél a CCJ em 08 de abril deste ano,
teve parecer às emendas de plenário proferido em plenário
pelo relator, deputado federal Arthur Oliveira Maia (SD-BA), que
conclui pela
constitucionalidade, ou seja favorável, o que achamos um erro gravíssimo
da comissão, pois o famigerado PL fere de morte a CLT (Consolidação das
Leis do Trabalho) e os avanços dos trabalhadores.
Apesar de saber que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha
(PMDB) - que é investigado na operação "Lava Jato" - tem interesse de
aprovar esta matéria, pois ele constitui o que há de mais atrasado na
politica que governa apenas ao seguimento empresárial do pais, sem ouvir
os interesses da classe trabalhadora, nossa fala lá foi direcionada ao
governo da oresidenta Dilma Rousseff e a setores do próprio PT, que
fizeram corpo mole e deixaram avançar partidos fisiológicos, como o
PMDB, dando ampla viabilidade ao avanço das classes dominantes sobre os
direitos do povo.
Trabalhando com a conciliação das classes, mais subjugando os
proletários sob uma ótica capitalista e mercantilista dos direitos
adquiridos, a presidenta Dilma ficou refém dos algozes de antes. Não
iremos nunca às ruas para implementar o golpe orquestrado pela direita e
partidos que estão fora do leque de alianças obscuras do governo
federal, mais exigimos compromisso do governo com o povo menos abastado e
que sustenta os caprichos de uma minoria rica. N
Não aceitaremos mais uma vez ser traídos por um partido que se
consolidou nas bandeiras classistas e deu as costas aos movimentos e
organizações dos trabalhadores. Esperamos o veto total e nenhuma emenda
de conciliação.