As Cooperativas Médicas
vinculadas a Secretaria Municipal de Saúde de Natal (SMS) retomaram, na
manhã desta quarta-feira (13), os serviços hospitalares de alta
complexidade que estavam temporariamente suspensos.
A normalização dos atendimentos
ocorreu após o repasse de R$ 9 milhões do Governo do Estado para a conta
da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), destinado à quitação do débito
relativo ao Termo de Cooperação, firmado no último mês de maio, que
prevê o repasse mensal de R$ 4,5 milhões para a complementação dos
valores pagos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
O valor é referente a
procedimentos como cirurgias eletivas nas especialidades ortopedia,
traumatologia e neurologia. De acordo com a coordenadora do Complexo
Estadual de Regulação, Maria da Saudade de Azevedo, 38 vagas já foram
disponibilizadas, nesta quarta-feira, pelo Hospital Memorial, prestador
dos serviços de cirurgias ortopédicas para SMS. Com a liberação destas
vagas, a Central Metropolitana de Regulação, ligada a Secretaria de
Estado da Saúde Pública (Sesap), já iniciou o processo de seleção e
transferência dos pacientes que aguardavam pelo atendimento nos
hospitais da Rede Pública de Saúde.
“Com a disponibilização das
vagas, comunicamos as direções dos hospitais da Rede Pública que avaliem
os pacientes que estejam dentro dos critérios de prioridade para que
estes sejam transferidos e possa realizar os procedimentos o mais breve
possível.
Esses critérios de prioridades
levam em consideração o tipo de fratura, a idade do paciente, o tempo de
espera, entre outros. Estamos mantendo contato com os demais
prestadores destes serviços, visando garantir um número maior de vagas
e, consequentemente, um atendimento mais rápido para os pacientes que
aguardavam na fila”, disse Maria da Saudade de Azevedo.
Do total de R$ 9 milhões
repassado para SMS, R$ 2,5 milhões haviam sido repassados em junho e os
outros R$ 6,5 neste mês de agosto. A expectativa é que, com a retomada
dos procedimentos, mutirões sejam realizados pelas Cooperativas, nos
próximos quinze dias, visando zerar a fila de espera.
Os valores pagos pelo Governo
Federal para estes serviços são considerados defasados pelos prestadores
da capital. A tabela de procedimentos pagos pelo SUS tem itens que não
são reajustados há mais de 15 anos, o que obriga Estado e municípios a
ofertarem uma contrapartida.
ASSECOM/RN