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quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Walfredo enfrenta desabastecimento

Gavetas e prateleiras da farmácia do hospital Walfredo Gurgel, encontram-se, em sua maiora, desabastecidas
Os profissionais do Hospital Walfredo Gurgel (HWG) e do Pronto Socorro Clóvis Sarinho vivem uma situação angustiante diante do desabastecimento de medicamentos e materiais hospitalares. Uma lista feita pelo Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Norte (Cremern) aponta a falta de mais de cem itens, desde máscaras descartáveis e gaze até fio de nylon para sutura e tubo endotraqueal para entubação de pacientes. 
Na tarde de ontem, a TRIBUNA DO NORTE teve acesso à Farmácia Central do HWG e constatou a gravidade da situação. Inúmeras gavetas que deveriam estar ocupadas com medicamentos, materiais e insumos hospitalares encontravam-se vazias. Um funcionário mostrou uma requisição feita à farmácia pela UTI pediátrica solicitando oito itens, entre remédios e materiais. Seis deles foram assinalados com a letra “F” (de faltando).

A angústia dos profissionais do Walfredo Gurgel e Clóvis Sarinho é por que eles se veem impotentes diante do problema. Segundo informações da assessoria de comunicação, no HWG há vários processos de compra emperrados por falta de dinheiro.

A Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) deve cerca de R$ 29 milhões a fornecedores farmacêuticos, dívida que dificulta os processos de licitação para aquisição de material. O secretário Luiz Roberto Fonseca tem alegado que o déficit é culpa da Secretaria de Planejamento (Seplan), que ao longo dos últimos anos vem repassando à Saúde apenas R$ 17,5 milhões mensais, quando deveriam ser R$ 25 milhões. Na Seplan, a alegação é de que não há dinheiro. 
Ontem, entretanto, a Justiça Federal acatou a ação ajuizada pelo Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Norte (Cremern) contra o Estado, para determinar a aquisição e entregas de medicamentos e insumos em falta no Hospital Walfredo Gurgel e no Pronto Socorro Clóvis Sarinho. 

Segundo a decisão, o Governo tem um prazo de cinco dias para viabilizar o abastecimento, sob pena de multa diária, fixada em R$ 2 mil. Ainda de acordo com a publicação, caso o Governo não acate a determinação, será procedido o sequestro da quantia suficiente para aquisição dos insumos e medicamentos através do sistema Bacenjud – penhora online entre a Justiça Federal, o Banco Central e as instituições financeiras.

Pela manhã, a TN entrou em contato com a Secretaria de Saúde Pública e com a Procuradoria-Geral do Estado, que se limitaram a informar que ainda não haviam sido notificados da decisão. Na parte da tarde, o jornal voltou a procurar os dois órgãos, mas não obteve respostas.

No pedido de antecipação de tutela feito à Justiça Federal, o Cremern anexou uma lista com mais de cem itens que estão faltando no Walfredo e Clóvis Sarinho, após uma inspeção realizada no dia 10 de outubro. Muitos deles, conforme a TRIBUNA pôde constatar, são consumidos diariamente em grande volume – como as máscaras descartáveis e gaze -,  enquanto outros são imprescindíveis para a realização de procedimentos de urgência e emergência, como os medicamentos estreptoquinas (para casos de infarto), morfina (para aliviar dores de alta intensidade), fio de nylon para sutura e tubo endotraqueal número 7/ 7,5 e 8 (para entubação do paciente).

Segundo funcionária da Farmácia Central do HWG, para minimizar a situação, o jeito tem sido recorrer ao empréstimo de material junto a outras unidades. A quantidade conseguida, porém, é muito inferior ao que o hospital necessita.
 
da TN

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